Depois da “Década Perdida”, os desafios da era da informação A Jucemg se ajusta às novas demandas da globalização

Publicado em: 23 de Julho de 2020, há 3 anos.

A década de 1980 para a história do Brasil é de grandes paradoxos. Definida por alguns como a “década perdida”, ela marcou o esgotamento do modelo de industrialização que vinha sendo adotado no país – e em Minas. Esse modelo se caracterizava principalmente pela participação direta do Estado no fornecimento de infraestrutura econômica (energia e transportes), e na atuação direta em setores considerados prioritários, como siderurgia, mineração e petroquímica.

Entre 1981 e 1983, o país amargou um processo de forte recessão, recuperando-se levemente nos anos de 1984 e 1985. De 1986 a 1991, a economia brasileira sofreu nada mais nada menos do que cinco choques (planos Cruzado, Bresser, Verão, Collor I e Collor II). Tratava-se, na verdade, de um processo de tentativas e erros em busca de um novo padrão de desenvolvimento para o lugar do antigo modelo de importações. .

O início dos anos de 1990 surpreende o Brasil. O país se encontrava praticamente na contramão do que ocorria na economia capitalista do mundo desenvolvido e nos chamados “tigres asiáticos”, os quais, entre outras mudanças, viviam um cenário de mercados abertos, avanços científicos notáveis, principalmente nas áreas de tecnologia da informação, novos produtos, competição mundial acirrada e sem fronteiras.

Nesse contexto de fortes mudanças políticas e econômicas no mundo e no Brasil, o primeiro presidente eleito pós-ditadura, Fernando Collor de Melo, assumiu o governo. A inflação se achava na casa de 80% ao mês e a economia encontrava-se praticamente estagnada. Diante desse quadro, o governo impôs ao país um novo plano econômico, o Plano Collor, que procurava romper completamente com o modelo de crescimento fundado na forte participação do Estado e na proteção tarifária. Começava aí o processo de desestatização das empresas públicas e de abertura da economia de importações. A economia mineira foi profundamente alterada naquele momento.

A partir da metade da década de 1990, o capitalismo mundial retomou mais um ciclo de crescimento, que será caracterizado pelo acirramento da competitividade e aumento da velocidade da produção de ciência, tecnologia, informação e conhecimento em todos os setores.

E um dos grandes desafios das juntas comerciais a partir desse período é exatamente oferecer os seus serviços com mais agilidade e presteza diante das exigências que a acirrada competição da economia global impõe às empresas e às organizações em geral. Entre essas exigências, maior celeridade nos registros, alterações, constituições e formalizações de empresas.

A Jucemg seguiu pioneira no novo cenário e se ajustou às novas demandas da globalização, buscando simplificar e agilizar seus procedimentos . Em 1987, começaram a ser implantadas mudanças organizacionais na Instituição, nos serviços prestados e em sua própria estrutura física, além do desenvolvimento de uma política de parcerias e de Recursos Humanos, a exemplo dos cursos de capacitação para os servidores.

Em 2011, a Jucemg apresentou para os seus servidores e colaboradores o seu novo portal eletrônico, que tinha como objetivo fortalecer a marca da autarquia. O site ficou mais leve e com uma linguagem mais simples para facilitar o acesso dos usuários. O grande destaque do portal passou a ser o link “Passo a passo”, que, de maneira simples e detalhada, passou a explicar os serviços mais procurados pelos usuários. Nele, ficaram disponíveis os processos de emissão da certidão simplificada tradicional e digital, a constituição de sociedade empresária limitada e a inscrição de empresários, além da lista de documentos exigidos.

 

Junta Comercial de Minas Gerais: Memória e História - 1893 - 2011
Organizadores: Airton Guimarães - José Eustáquio Oliveira de Souza
Editora Vega, 2011

 

Publicado em: 23 de Julho de 2020, há 3 anos.